Sons de Bolso

O ano de 2021 vai ficar na memória pelo trabalho que desenvolvemos com a associação Interferência, no desenho da identidade visual do projeto Sons de Bolso. 

Num ano danado para ver e ouvir espetáculos ao vivo, o Sons de Bolso leva a música a espaços do património cultural português, através do conceito da democracia — democracia pela liberdade de movimentos que a natureza destes espaços traz, mas também pela liberdade de reintrepretação da sua História e estórias.

Desta forma, o público é convidado a explorar sítios como o Marco Fronteiriço n.° 1 em Cevide, o Mosteiro de São Martinho de Tibães em Braga, o Museu Militar do Porto ou a Estação Arqueológica do Freixo em Tongobriga, na companhia de peças sonoras “site specific” que se transportam, à letra, no bolso. Através de uma aplicação sensível às coordenadas geográficas, o público pode deambular livremente, enquanto escuta criações de Manuel Brásio, Rui Penha, Nuno da Rocha ou José Tiago Baptista, no seu dispositivo móvel. O projeto é gratuito e a “audiência” necessita, apenas, de um smartphone e de ligação à internet.

A nossa proposta foi pensada e cresceu, assim, com as ideias da “liberdade de movimentos” e da “criação independente” de cada pessoa, quando percorre cada um dos espaços. Esta motivação levou-nos a desenhar uma tipografia modular e em constante desenho, em cima da latitude e longitude, que vai mostrando novas possibilidades com a aplicação digital que serve o projeto Sons de Bolso. 

Sons de Bolso é possível de explorar ao longo de todo o ano de 2022 e, de futuro, novos pontos serão adicionados aos quatro momentos já no mapa.

Agradecemos ao Manel Brásio e Zé Tiago Baptista pela caminhada que nos proporcionaram, ao coletivo As Gaiatas, de Rita Santa Marta e Sara da Mata, por transportarem o Sons de Bolso do papel para o ecrã e ao programador Nuno Hespanhol por tornar todas as ideias operacionais na app.